“Eu sei Jesus que amor com amor se paga” costumava dizer Santa Teresinha do Menino Jesus.
Séculos antes, uma outra Teresa, tomada do mesmo amor por Jesus Eucarístico dava tais mostras sinceras desse amor que Júlio II, Papa da época, a chamou “a louca do Santíssimo Sacramento”.
Que “loucuras” fez ela?
Teresa Enríquez nascida em 1450, era filha do Almirante de Castela, D.Alonso II Enríquez, de nobre e rica família espanhola. Educada nas letras e sobretudo na piedade, dedicou toda sua vida a dois amores que são no fundo um só: a Jesus na Eucaristia e aos desvalidos, servindo-os com seus bens e de sua própria mão.
Juntamente com duas grandes amigas — a Rainha Isabel a Católica e Santa Beatriz da Silva — promoveu de todos os modos o culto e cuidados materiais ao seu grande amor: Jesus na Eucaristia.
Com o apoio da Rainha Isabel e do próprio Papa organizou às suas expensas uma vasta rede de servidores que percorriam a Espanha para verificar como era tratado o Santíssimo Sacramento quer na veneração e piedade, como nas condições materiais, especialmente dos sacrários.
Contam-se às centenas os sacrários precários ou indignos substituídos por Teresa. Dotou incontáveis igrejas e conventos com ricas alfaias, dignas do Rei dos Reis a quem servia. Seu zelo cruzou as fronteiras da Espanha. Em outros países, inclusive na Roma dos Papas há marcas de seu zelo.
Amiúde era possível vê-la atendendo aos pobres aos quais providenciava a melhora estável de suas condições dispendendo para tal boa parte de seus bens.
É a fundadora das Confrarias do Santíssimo Sacramento que logo se espalharam pela Europa e Américas.
Em 1529, aos 79 anos de idade entregou sua bela alma a Deus. Seu corpo pode ser visto incorrupto no mosteiro concepcionista de Torrijos, próximo a Toledo, na Espanha.
Parece dormir placidamente à espera da voz de Jesus para a ressurreição final.
O processo de canonização foi introduzido e espera-se para breve a declaração da heroicidade de suas virtudes.
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