Às vezes, conhecemos pessoas que perdem a esperança de deixarem o estado de pecado em que estão. A razão de tal atitude é a falta da noção da imensidade de amor que Nossa Senhora tem por nós.

Mesmo em se tratando de pessoas que não chegaram tão fundo, a não compreensão deste amor de Nossa Senhora por ele (ou ela) os leva a desistirem de corrigir de defeitos pequenos ou grandes.

As palavras a seguir, de Dr. Plinio Corrêa de Oliveira, mostram o quão estão enganadas estas almas, pois, evidentemente, Nossa Senhora quer mais nos ajudar do que nós sermos ajudados.

“O que mais me tocou primeiramente em Nossa Senhora não foi tanto a santidade d’Ela, mas foi a compaixão com que essa santidade olhava para quem não é santo.

Quer dizer, é a santidade virginal, regia, enfim, tudo mais quanto possam querer — nunca se dirá bastante d’Ela — mas é a compaixão com que Ela olhava para quem não é santo.

E atendendo, com pena, com vontade de ajudar, uma misericórdia cujo tamanho era o das outras qualidades, quer dizer, inesgotável, pacientíssima, clementíssima, pronta a ajudar a qualquer momento de modo inimaginável, sem nunca um suspiro de cansaço, de extenuação, de impaciência, de nada disso, mas sempre disposta a não só a repetir-se a Si própria, mas a superar-se a si própria, de maneira tal que a gente tendo uma misericórdia mal correspondida, vem uma misericórdia maior.

E por assim dizer, nossos abismos [de pecado] vão atraindo a luz para o fundo; e quanto mais nós fugimos d’Ela, mais as graças d’Ela se prolongam e se inclinam em nossa direção”.

(Conversa em 9 de janeiro de 1991)


Fonte: Arautos do Evangelho em Vitória