Em algumas igrejas podemos ver um véu, ou pequena cortina, que cobre a porta do sacrário. Esse véu, denominado conopeu, está intimamente relacionado com a lâmpada do Santíssimo Sacramento.
Ambos fazem parte dos ornamentos litúrgicos e símbolos utilizados pela Igreja Católica para realçar a dignidade do augusto lugar onde se conservam as Espécies Eucarísticas, nas quais Nosso Senhor Jesus Cristo Se encontra presente em Corpo, Sangue, Alma e Divindade.
O conopeu acompanhou a evolução da forma do próprio sacrário ao longo dos séculos. Nos primórdios do Cristianismo, o Santíssimo Sacramento era conservado num recipiente suspenso acima do altar e totalmente coberto por um véu. Conserva-se ainda esse costume em alguns ritos orientais da Igreja Católica.
Entretanto, para dar maior realce e segurança à Sagrada Eucaristia, passou-se a guardar as âmbulas contendo as Sagradas Hóstias num pequeno armário em forma de arca ou de templo, ao qual se deu o nome de sacrário ou tabernáculo. Artisticamente construído de material sólido e instalado nas cercanias do altar, no decorrer do tempo ele acabou formando com o altar uma só peça.
No conopeu podemos ver uma referência ao véu do Templo de Jerusalém, que separava o Lugar Santo do Lugar Santíssimo, chamado também de Santo dos Santos, onde só podia entrar o sumo sacerdote.
Na lâmpada do Santíssimo Sacramento, um símbolo da luz que ardia continuamente no Templo, indicando aos israelitas a presença de Deus entre eles. Assim, em nossas igrejas o conopeu e a lamparina acesa assinalam a presença de Jesus Cristo vivo no tabernáculo.
Segundo as normas litúrgicas, pode-se usar em todos os dias do ano o conopeu branco, cor da Eucaristia, ou variar de acordo com a cor litúrgica do dia: verde no Tempo Comum, roxo no Advento e na Quaresma, branco nas festividades de Nossa Senhora, das virgens e dos santos não mártires, vermelho nas comemorações de Nosso Senhor Jesus Cristo e dos mártires.
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