espiritosanto-arautos.jpgÁgata, Tarcísio, Inês, Luzia são nomes de crianças que viveram nos primeiros séculos da era cristã, todos mártires! Ofereceram suas vidas, como outros tantos milhares e milhares de homens e mulheres durante esses dois mil anos de história da Igreja, em defesa da fé.

Qual é esse grande mistério de amor, que faz com que uma menina tão jovem como Inês, tivesse a força de enfrentar seus carrascos como a fortaleza do aço e a pureza do lírio? Sabemos que uma frágil criança, por sua própria natureza, é medrosa. Quem os animava, os encorajava e fazia com que esses pequenos corações pudessem verter seu próprio sangue, por Nosso Senhor Jesus Cristo?

Quem tão poderoso poderia converter medrosos pescadores, que após a morte de seu Mestre escondiam-se às portas fechadas, com medo das autoridades, e transforma-los em Príncipes e colunas da Igreja que nascia?

A resposta já havia sido dado pelo nosso próprio Salvador: Quando vier o Paráclito, o Espírito da Verdade, ensinar-vos-á toda a verdade, porque não falará por si mesmo, mas dirá o que ouvir, e anunciar-vos-á as coisas que virão. (João 16:13)

E veio… Era a época em que os judeus comemoravam a festa da colheita, também chamada de pentecostes, onde se oferecia a Deus as primícias pela boa safra conseguida. Encontravam-se , então, Nossa Senhora e os Apóstolos, em oração, reunidos no Cenáculo… Deixemos São Lucas narrar este acontecimento: Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava.(At 2,1-6)

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O Espírito Santo desceu em forma de línguas de fogo que pousando sobre suas cabeças os encheram de sabedoria e amor de Deus. É a Igreja que resplandece com todo esplendor e incendeia os corações de todos os fiéis, falando uma só língua em todo mundo. Iluminada pela presença deste Paráclito anima e da força aos mártires, sabedoria aos doutores, coragem aos confessores e caridade aos santos.

É este sopro divino – o mesmo que deu vida ao nosso pai Adão- que purificou os corações da sua palha carnal; este fogo santo consumiu o feno da antiga cobiça; e estas línguas que os Apóstolos falavam, cheios do Espírito Santo, prefiguravam a difusão da Igreja por todas as nações…1

Em breve estaremos, com todo o orbe católico, comemorando o domingo de Pentecostes., há cento e um ano das profecias de Nossa Senhora em Fátima, onde como Mãe amorosa a Virgem Maria veio trazer ao mundo palavras de prêmio e castigo. Após um século das aparições aos três pastorinhos as crises eclodiram, se multiplicaram destruindo os principais valores da Civilização Cristã e o Ocidente voltou às suas costas a Deus 2.

Precisamos de um novo Pentecostes, uma era onde a humanidade purificada pelo sopro criador de Deus, se regenere e volte Àquele que é o Caminho, a Verdade e a Vida. Emitte Spiritum tuum et creabuntur e renovabis faciem terrae.3


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Por Simão José Dourado

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1. Santo Agostinho (sermão 271)
2.Agência Ecclesia – Cardeal Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos,entrevista Henrique Matos
3.Enviai, Senhor, vosso espírito criador e será renovada toda a face da Terra! (Sl 103,30)


Fonte: Conteúdo publicado em gaudiumpress.org