Nos primeiros tempos da conquista da velha África, um jovem capitão do 25º regimento de linha, ia, cheio de ardor, tomar parte no assalto de Constantina.

Antes de embarcar, foi abraçar sua mãe, senhora nobre e muito cristã:

– Meu filho – disse ela, entre lágrimas e carícias –, lembra-te, no meio dos combates, de tua Mãe do Céu. Desde a mais tenra infância, ensinei-te a honrá-la mais do que a tua mãe da terra, e me parece que não A invocas mais. Pendura ao pescoço esta medalha, que será tua proteção.

Nenhuma testemunha presenciou esta cena, e o militar ocultou o presente materno sob a farda, para não provocar os gracejos dos camaradas.

Sabe-se quanto durou e como foi laborioso aquele memorável assédio. No momento do assalto, intrépido como todo oficial francês, nosso jovem herói arroja-se à frente de seus soldados, e logo ao primeiro passo, uma bala inimiga o lança por terra. A bala atravessou a farda da qual destacou um pedaço; parou sobre a medalha, e tomou a impressão milagrosa da imagem sagrada, a ponto de deixar ler a inscrição: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a Vós”.1

No ano seguinte, isto é, em 1837, o jovem capitão voltou para a França. Teve a felicidade de converter-se sinceramente: deixou o serviço dos senhores da terra pelo Senhor do Céu. Morreu em Nice, em 1877, debaixo do hábito branco de Padre missionário da África.

Foi de sua própria boca e à vista da bala maravilhosa, que o autor (Cônego Arnaud) recebeu esta narração.

(MARIA, ENSINADA À MOCIDADE).

1. A medalha milagrosa e a bala de Constantina são religiosamente conservadas na casa das missões africanas, em Nice (França). Estão à disposição das pessoas que desejam verificar a intervenção sobrenatural de Maria (Cf. Efeitos maravilhosos da medalha milagrosa, p. 158, Casterman, editor).


Fonte: Arautos do Evangelho em Maringá