Numa fértil região da Europa a proprietária de um grande e belo vinhedo recebera a notícia de que sua melhor administradora deixaria o emprego ao cabo de dois meses.

Punha-se então o problema de conseguir uma substituta de confiança, como o era aquela que deixaria a função. O modo como ela escolheu foi pitoresco.

Apresentaram-se seis candidatas. Como escolher entre elas uma que merecesse sua confiança?

No dia combinado, apresentaram-se as seis. Alice — esse era o nome da proprietária — conversou amistosamente com cada uma e as reuniu. Deu uma semente a cada uma delas:

— Plantem a semente e aquela que, dentro de um mês me trouxer a flor mais bonita, será a escolhida.

Uma das seis fez como as demais: plantou cuidadosamente a semente e regou-a todos os dias. Mas, passaram-se os dias, as semanas sem que nascesse coisa alguma. No dia combinado ela levou o seu vaso no qual nada nascera. Chegando à casa de Dona Alice viu que as outras traziam vasos com flores, cada uma mais bonita que a outra.

Chega Dona Alice, cumprimenta-as e conversa um pouco. Por fim, diz:

— Escolho esta em cujo vaso não nasceu nada.

As demais entreolharam-se… E Dona Alice explicou a razão da escolha.

— As sementes que lhes dei estavam esterilizadas. Delas não poderia nascer nada. Esta moça que tem o vaso sem nenhuma planta é a escolhida, pois foi a única que mostrou ter a virtude de que mais preciso: a honestidade.

* * *

Às vezes Deus age conosco de modo semelhante: a nossa aceitação de algo que não entendemos logo, é a condição para Ele dar muito mais.

Ilustrações: Arautos do Evangelho, brfreepic


Fonte: Arautos Curitiba