Em 11 de julho, a Igreja Católica comemora a Festa do grande patrono da Europa, São Bento . Nascido de família nobre, desprezou a sabedoria do mundo para unicamente agradar a Deus, vestindo o hábito da vida religiosa.
Inúmeros foram os milagres que Deus se aprouve em realizar por seu intermédio. Mas, sobretudo, foi escolhido pela Providência para fundar uma Ordem Monástica destinada a atravessar os séculos.
“Desejava mais os desprezos que os louvores do mundo”
A cidade de Enfide (atual Affile), a cerca de 50 quilômetros de Roma, foi o local escolhido para o seu recolhimento. Ali se instalou com sua antiga governanta, que lhe prestava os serviços domésticos.
Um pequeno incidente caseiro foi ocasião para o seu primeiro milagre. Encontrou certo dia a governanta chorando porque, por descuido, deixara quebrar um crivo de argila que havia pedido emprestado a uma vizinha para limpar trigo. Compadecendo-se dela, Bento tomou os pedaços do crivo, pôs-se em oração e ele se reconstituiu de forma tão perfeita que nem se notava sinal algum de fratura.
Logo se espalhou a notícia desse milagre, trazendo-lhe muita fama. Ele que, segundo relata o Papa São Gregório Magno, “desejava mais os desprezos que os louvores deste mundo”, fugiu da casa de Enfide, indo procurar refúgio num lugar solitário chamado Subiaco, onde se alojou numa minúscula gruta.
Uma grande tentação, uma vitória definitiva
A caminho de Subiaco, ele encontrou-se com Romano, monge que vivia num mosteiro próximo dali. Em determinados dias, Romano fazia descer por uma corda um pedaço de pão até a gruta de Bento. Durante certo tempo, foi esta a única fonte de alimentação do jovem ermitão. Em breve, porém, tornou-se ele conhecido na região, e muitas pessoas, vindo procurar nutrimento para suas almas, traziam-lhe alimento para seu corpo.
Nesse período, sofreu o jovem as mais duras tentações diabólicas. Fortemente provado em certa ocasião contra a virtude da pureza, viu-se a ponto de ceder e até mesmo abandonar sua solidão. Ajudado, porém, pela graça divina, reagindo, despojou-se de sua vestimenta e se atirou numa moita de espinhos e urtigas, na qual se revolveu durante longo tempo. Saiu com o corpo todo ferido, mas com a alma livre da tentação.
Nasce a Ordem Beneditina
Atraídos pelo brilho de suas virtudes e a fama de seus milagres, muitos varões sedentos de sobrenatural foram para junto da gruta para viverem sob sua direção. Formaram-se, assim, sucessivas comunidades. Ao todo, São Bento erigiu ali doze mosteiros, escolhendo um abade para cada casa.
Estava fundada a Ordem Beneditina.
Nessa época, Subiaco começou a ser visitada por pessoas importantes de Roma que traziam os filhos para serem educados segundo o espírito beneditino. Dentre estes, o Santo abade recrutou dois de seus melhores discípulos: São Mauro e São Plácido.
Morreu de pé, como valente guerreiro
O santo Abade anunciou com meses de antecedência a data de sua morte. Seis dias antes, mandou preparar a sepultura. Logo foi atacado por violenta febre. Como a enfermidade se agravava cada vez mais, no dia anunciado fez-se conduzir ao oratório onde, fortalecido pela recepção da Santíssima Eucaristia e apoiado nos braços de seus discípulos, morreu de pé com as mãos levantadas aos Céus e os lábios pronunciando a última oração.
São Bento, rogai por nós!
Fonte: Revista Arautos do Evangelho
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