Dessa vez, a segunda parada da viagem cultural realizada com os jovens e com o grupo dos Arautos do Evangelho, da Bahia, foi à cidade de Campos dos Goytacazes/Rio de Janeiro, em preparação ao curso de férias.
O município de Campos dos Goytacazes, situado ao norte do Estado do Rio de Janeiro, foi fundado em 28 de março de 1835. Campos dos Goytacazes eram campos habitados por índios Goitacás, que tiveram vários confrontos com os portugueses que queiram ocupar suas terras. Somente com a chegada dos jesuítas e beneditinos começou a sua colonização, em 1627, devido às tentativas fracassadas de São Tomé. Só com a chegada dos “sete capitães” (foram um grupo de militares) que se tornaram colonizadores. Goytacazes, cinquenta anos depois da colonização, tornou-se a vila de São Salvador de Campos. Outros grandes fatos aconteceram nesse município como, por exemplo, torna-se a maior cidade produtora de petróleo do Brasil.
No bairro do Residencial Santo Antônio, em Campos de Goytacazes, existe a sede dos Arautos do Evangelho, com colégio para os jovens, que foi inaugurado em 2 de fevereiro de 2015. A sede, em Campos, é um local muito aprazível e acolhedor.
A sede, em Campos, possui uma bonita arquitetura e um lindo jardim.
Para completar essa harmonia arquitetônica e o ambiente natural na sede, é possível encontrar um viveiro de pássaros exóticos.
Temos, ainda, um aquário que impressiona pela transparência da água, onde cada jovem flutua num mundo de belezas de diversos peixes e, ainda, aprendemos a pescar, como no tempo dos Goitacazes que viviam da caça e da pesca. Isso traz um relacionamento de proximidade com a natureza, favorecendo um ambiente de paz e de tranquilidade.
Capela nos ajuda ao acolhimento e a oração. “A oração é ainda o alimento da alma, porque assim como o corpo não pode sustentar sem alimento, assim, sem a oração”, diz Santo Agostinho “não se pode conservar a vida da alma”.
“Recolho-me na presença do meu Deus que vive em mim. Se alguém me ama, guardará a minha palavra, e meu Pai o amará e nós viremos a Ele, e faremos Nele morada” (Jo. 14, 23). Assim, é possível visualizar os jovens na sua intimidade com o Senhor.
Segundo São João da Cruz, na sua obra Cânticos Espirituais, ”Mas para a que a alma revestida da graça santificante e da caridade, há uma presença de Deus particularíssima. Aqui, pois, no mais intimo santuário do meu coração, Vos quero amar, desejar e adorar; não mais sairei de mim para Vos encontrar”.
O LICEU DA HUMANIDADES DO SÉCULO XIX
O grupo pôde fazer um recorrido passeio pela cidade, onde visitou diversos locais históricos, entre eles o Liceu da Humanidade, em que apresenta uma admirabilíssima história.
De origem da palavra latina Lycaeum, do grego Lykeion ou, simplesmente, do português, a palavra Liceu nada mais é que um instituto oficial de instrução secundária. Do século XIX, a escola adquiriu respeito e notoriedade através de um ensino de qualidade e, principalmente, por meio de sua trajetória cultural.
O primeiro colégio sempre funcionara em instalações provisórias, sendo de 11 de abril de 1847 sua inauguração, com a presença do imperador D. Pedro II.
A instalação atual é de 1884: o luxuoso prédio, inicialmente, era residência do Barão da Lagoa Dourada (José Martins Pinheiro que se suicidou), localizado na Praça Barão de Rio Branco. Em 1883, foi adquirido para que nele se instalasse o Liceu de Humanidades de Campos, no Período Regencial, com a decisão de que o ensino secundário seria promovido e administrado pelos governos provinciais (hoje estaduais). O prédio, estilo neoclássico, foi tombado em 1988 pelo INEPAC (Instituto Estadual do Patrimônio Cultural).
Atualmente, o Liceu funciona com os cursos de ensinos fundamental e médio nos períodos da manhã, tarde e noite, e dos cursos de línguas: inglês, francês, espanhol e italiano. Além disso, possibilita visitação histórica e cultural de um rico casarão, contando com um belíssimo salão nobre e a escadaria.
Ao final do passeio, puderam pousar para última foto ainda nas lindas escadarias do Liceu, digno de um casebre luxuoso de estilo neoclássico do século XIX.
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