Visitar um Castelo em pleno Recôncavo Baiano foi uma Aventura organizada pelo grupo da Bahia, em preparação para o “Curso de Férias” que se inicia em meados de janeiro.
O Castelo localiza-se no acesso à Praia do Forte, município de Mata de São João, a 80 km de Salvador, Bahia.
O Castelo é um dos mais belos monumentos do Patrimônio Histórico Nacional. Conhecido como Castelo ou casa da Torre de Garcia D`Ávila, é o único monumento de traços medievais que encontra-se no litoral norte do Estado da Bahia.
Restaurado em 2002, o monumento histórico é mantido pela Fundação Garcia D’Ávila, nascida em 1981. Hoje é uma OSCIP (Organização da Sociedade Cívil de Interesse Público), responsável por profundas intervenções nos setores Educacional, Ambiental, Histórico-Cultural e Social na região de Praia do Forte.
O Castelo da Torre é considerado a primeira grande edificação portuguesa construída no Brasil. Foi construído entre 1551 e 1624 por Garcia d’Ávila e Francisco Dias d’Ávila, sendo tombado em 1938.
O sobrenome Ávila é espanhol, originário da cidade de Ávila, local onde nasceu Teresa de Cepeda e Ahumada, depois conhecida como Santa Teresa de Ávila (ou Santa Teresa de Jesus). Com o tempo, os Ávila passaram à ilha Terceira, no arquipélago dos Açores e, depois, à Portugal.
O primeiro integrante da família Ávila chegou ao Brasil em 29 de março de 1549, veio a bordo de uma esquadra com seis navios a vela, com cerca de 320 homens de armas e 1600 civis e religiosos, enviada por D. João III.
O Castelo foi sede de um dos maiores latifúndios do mundo, a capitania da Bahia. O conjunto residencial-militar é formado pelas ruínas do Castelo, com sua Torre e seus anexos. Na cúpula da Capela restaurada foi encontrada a pintura original, que foi recomposta. Nas imagens, existem aspectos das ruínas, além de uma maquete de como deveria ser o Castelo.
A Capela de Nossa Senhora da Conceição (que permanece extremamente conservada), com paredes de tijolos e similar a do Paço de Sintra, em Portugal, fica anexa como um atrativo à parte. Esta foi construída com a finalidade de servir de base para defesa do território das invasões de piratas, que atacavam o litoral.
Em clima de muito entusiasmo, foi consolidado o passeio ao Castelo em uma bela contextualização do que foi visto.
Finalizaram-se as atividades históricas e culturais que contribuíram em novos conhecimentos do Castelo Medieval e da Capela, em pleno Recôncavo Baiano. Estas puderam mostrar a vida dos homens, através do tempo, além do que fizeram e o que pensaram, enquanto seres sociais. Dessa forma, os dados históricos ajudam na compreensão do homem enquanto ser que constrói o seu tempo.
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