Deus o ordenou, Jesus o praticou, e os Padres da Igreja pregaram a grande importância que o jejum tem, uma prática da essência da Igreja.

Para muitos católicos é algo que é feito com relutância, na Quarta-feira de Cinzas ou na Sexta-feira Santa, se lembrarmos. Talvez surja uma pergunta. Será que jejuaríamos mais, especialmente durante a Quaresma, se entendêssemos como é útil para nossas vidas?

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O Diácono Sabatino Carnazzo, diretor executivo fundador do Instituto de Cultura Católica, falou sobre o jejum: “É a privação do bem, para tomar uma decisão para um bem maior”, em declarações coletadas pela ‘Catholic News Agency’. Embora esteja associado mais à abstenção de alimentos, também se pode renunciar a outros bens, como comodidades e entretenimento.

A obrigação para todos os católicos nos Estados Unidos é a seguinte: toda pessoa maior de 14 anos deve abster-se de comer carne na Quarta-feira de Cinzas, Sexta-feira Santa e em todas as sextas da Quaresma. Na Quarta-feira de Cinzas e na Sexta-feira Santa, os adultos com idades entre os 18 e os 59 anos devem jejuar: não devem consumir mais que uma refeição completa e duas refeições menores que juntas não se somam em quantidade à refeição completa.

O primeiro jejum foi ordenado por Deus à Adão e Eva no Jardim do Éden, observou o Diácono Carnazzo, quando Deus os ordenou que não comessem da árvore do conhecimento do bem e do mal (Gênesis 2, 16-17).

No início de seu ministério, Jesus absteve-se de comida e água por 40 dias e noites no deserto e, assim, “reverteu o que aconteceu no Jardim do Éden”, explicou o Diácono Carnazzo. As atuais obrigações do jejum foram estabelecidas no Código de Direito Canônico no ano de 1983, mas nos séculos anteriores, os jejuns comuns entre os católicos eram mais rigorosos e observados com mais regularidade. Inclusive, nos séculos passados a abstenção quaresmal era mais austera. Os católicos renunciavam não só à carne, mas também a outros produtos de origem animal, como o leite e a manteiga, assim como os azeites e até mesmo os peixes às vezes.

Do mesmo modo, o Padre Lawrence Lew, pertencente à Ordem dos Pregadores, que estuda atualmente para obter uma Licença em Sagrada Teologia na Casa de Estudos Dominicana em Washington, DC, assegurou que o jejum “deve ser provocado pela caridade”, quer dizer, um católico não deve fazer esta prática por dieta ou orgulho, mas por amor a Deus. (EPC)


Fonte: Conteúdo publicado em gaudiumpress.org